I fesPIM discute potencial da Amazônia como hub da bioeconomia mundial. Colóquio realizado durante o evento abordou as oportunidades e os gargalos para o desenvolvimento da bioeconomia na Amazônia, bem como sobre o papel estratégico a ser desempenhado pelo Centro de Biotecnologia da Amazônia visando à consolidação desse segmento.
A discussão sobre as oportunidades e os gargalos para o desenvolvimento da bioeconomia na Amazônia, bem como sobre o papel estratégico a ser desempenhado pelo Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) visando à consolidação desse segmento, foi realizada na sexta-feira (29) durante o colóquio de tema “A Amazônia será o hub da bioeconomia mundial neste século?”. O evento encerrou a programação de seminários da primeira edição da Feira de Sustentabilidade do Polo Industrial de Manaus (I fesPIM), ocorrida entre os dias 27 e 29 de novembro, no Studio 5 Centro de Convenções, em Manaus.
Mediado pelo presidente do Instituto de Inteligência Socioambiental Estratégica da Amazônia (Piatam), Alexandre Rivas, o colóquio teve como debatedores o coordenador-geral de Planejamento e Programação Orçamentária da Suframa e membro titular da Autarquia no Grupo de Gestão do CBA, Fábio Calderaro; do profissional da GOPA Consultants e Mestre em Políticas Públicas e Boa Governança pela Universidade de Osnabruch, da Alemanha, Alisson Zumpano; do ex-presidente da Sociedade Norte-americana de Economia Ecológica e membro da Washington and Lee University, James R. Kahn; da doutora em Biotecnologia e professora da Ufam, Rosana Zau Mafra; e do engenheiro químico Luiz Roberto Barbosa Morais, atuante na empresa Amazon Oil – indústria oleoquímica com sede em Ananindeua (PA).
Inicialmente, o mediador Alexandre Rivas comentou sobre a importância e a evidência que os termos “bioeconomia” e “indústria 4.0” assumiram na sociedade contemporânea, o que tem ocasionado uma nova revolução com formato e resultados ainda a serem melhor apurados. “Nesse sentido a I fesPIM tentou trazer para o debate essa questão, porque temos aqui o Polo Industrial de Manaus e todo um esforço que está sendo feito para que o PIM se adeque a essa nova realidade e nós possamos então ingressar nessa nova era da melhor maneira possível”, disse Rivas.
Durante as discussões do colóquio, os especialistas foram convidados a defender ideias sobre perspectivas e pontos de vista complementares sobre o tema, mas todos convergiram no sentido, principalmente, de afirmar que são vastas as oportunidades de aproveitamento econômico de produtos oriundos da biodiversidade amazônica em harmonia com a preservação dos recursos naturais e, ainda, que se faz cada vez mais necessário o aprofundamento de parcerias entre os diversos entes atuantes no segmento.
O representante da Suframa e do CBA no evento, Fábio Calderaro, comentou, adicionalmente, sobre a importância de realizar ações de prospecção e inteligência de mercado e de aproveitar o Polo Industrial de Manaus – grande diferencial comparativo da região em relação a outros países panamazônicos – como agente indutor de demanda para produtos da bioeconomia na região. “Hoje a bioeconomia caiu no glossário popular, virou a bola da vez. O nosso grande desafio no momento é que precisamos criar demanda, criar mercado, e o nosso parque industrial pode ajudar nisso. Sem dúvidas, o PIM pode ajudar bastante criando essa demanda e impulsionando a bioeconomia nessa fase inicial”, afirmou Calderaro.
Fonte: Suframa
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