No primeiro dia da Feira, 27 de novembro, às 20h, será realizado o lançamento da campanha crowdfunding, intitulada “Banco de Sementes da Amazônia: Investindo no banco da vida”, que tem o objetivo de criar o Banco de Sementes da Amazônia, para atender ao restauro florestal demandante neste bioma, por meio da produção de sementes florestais de qualidade para diversos fins ambientais.
O gerente operacional, Laerte Nogueira, explica que a campanha pretende captar o valor de 2 milhões. “Esse valor é para a reforma estrutural do prédio onde atualmente funciona o Centro de Sementes Nativas do Amazonas, na Universidade Federal do Amazonas, na aquisição de tecnologia para aperfeiçoar as pesquisas em sementes florestais, na elaboração de subsídios para a organização da cadeia produtiva de sementes florestais na Amazônia, e no desenvolvimento de um mecanismo de negócio que favoreça o impulsionamento econômico do setor florestal e fundamente uma estratégia financeira para fomentar o restauro e o seu monitoramento”.
Esta iniciativa terá capacidade de disponibilizar material propagativo respeitando os critérios de qualidade, sanidade, vigor e eficiência das diferentes espécies florestais da Amazônia; para suprir, dentre tantas possibilidades, a demanda apontada pelo para a Amazônia até o ano de 2030. Além disso, a vantagem socioambiental existente nesta iniciativa está em favorecer aos cidadãos da floresta a oportunidade de profissionalizar as atividades de coleta e beneficiamento de sementes, além de oportunizar a nobre responsabilidade na proteção das árvores matrizes. Para isso haverá capacitação para a coleta/beneficiamento e instalação das Áreas de Coleta de Sementes. Isso promoverá um impacto social pelo envolvimento direto/indireto de mais de 300 pessoas, impacto ambiental positivo por favorecer a produção anual de 3.000.000 de sementes e um restauro florestal em 2.500 hectares; além do impacto econômico por impulsionar uma receita de até R$ 19 milhões.
Os argumentos são fortes para justificar a implementação desta Iniciativa que se propõem a estabelecer procedimentos técnicos voltados para a organização das etapas da cadeia produtiva de sementes florestais, com o mapeamento de unidade produtivas, na formação de coletores, instalação de áreas de coleta de sementes, no aperfeiçoamento das análises com espécies nativas (em especial as recalcitrantes), na formação técnica/tecnológica, na prestação de serviços florestais, além de promover estreitos laços com os produtores de mudas e responsáveis por plantios. Um cenário promissor para contribuir na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.
Uma constatação do Instituto Tecnológico de Zurich (ETHZ), especificamente no grupo de pesquisa Crowther Lab, os dados mundiais fornecidos para esses pesquisadores permitiu que eles constatassem que existe 900 milhões de hectares de área disponível que seria o suficiente para neutralizar 205Gton de CO2 da atmosfera; e deste total, no Brasil, existe 45 milhões de hectares de terra disponível para a restauração florestal e a oportunidade de capturar 10,25 Gton de CO2 da atmosfera. Na Amazônia esse potencial de captura chega a 1 Gton de CO2/ano.
Além das Instituições que integram a elaboração deste Projeto (Instituto Avaliação [IA-DF], Universidade Federal do Amazonas [DCF/FCA/UFAM], Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia [INPA/MCTI] e o Instituto Piatam), pretende-se promover a convergência institucional para fortalecer a sua promoção.
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