A Universidade Federal do Amazonas, juntamente com a Universidade Federal do Paraná, reuniu especialistas em recursos florestais para debater a importância da avaliação e valoração de florestas naturais, no dia 20 de outubro. O evento contou com o apoio do Instituto Piatam, da Empresa Júnior de Consultoria Ambiental (Emcof), e da Sociedade Brasileira de Engenheiros Florestais (Sbef).

Dando início à programação, o Dr. Zenóbio da Gama e Silva, da Universidade Federal do Acre (Ufac), que atua nas áreas de Economia e Mercado de Produtos e Serviços Florestais, abordou os aspectos econômicos do manejo florestal como subsidio a valoração dos recursos florestais. “De maneira geral, o manejo atender as necessidades da comunidade locais sem gerar grandes danos à floresta. Assim, no que diz respeito aos planos de manejo ainda é preciso aumentar o nível de entendimento, para que se tornem reais. Pensar em cada etapa”

O Dr. Humberto Angelo, da Universidade de Brasília (UnB), que tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Economia Florestal, trouxe a temática “Valoração florestal” e explicou que esse termo é uma estimativa do valor monetário de um bem ou serviço da floresta em relação a outros bem e serviços. “A valoração em si consiste em transformar a floresta, a área florestal que está sendo objeto de estudo, em cifrão, ou seja, mensurar o valor econômico dessa área”, explica.

Já o Dr. Anadalvo dos Santos, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que atualmente desenvolve atividades de ensino, orientação e pesquisa em economia florestal, política florestal, economia de produtos florestais não madeireiros e economia ambiental, abordou o tema “Produtos florestais não madeireiros e a conservação das florestas” e explicou que valorar é atribuir valor a algo. “No caso de produtos florestais não madeireiros, o desafio é gerar trabalho e renda através da agregação de valor, aliada à conservação florestal e à melhoria da qualidade de vida das comunidades que vivem em áreas florestais ao redor do mundo”.

Para o presidente do Instituto Piatam, Dr. Alexandre Rivas, o evento foi de real importância. “É um tema bastante áspero e que não é facilmente compressivo do grande público. A valorização econômica é bem complexa, mas é bastante necessária e é um desafio que nós encontramos hoje para que produtos e serviços provenientes da natureza possam ser melhor apreciados pelo mercado e, dessa forma, melhor utilizados por nós”.

Dr. Sérgio Gonçalves, professor do Departamento de Ciências Florestais da Universidade Federal do Amazonas, foi o mediador do evento e disse que fazer valoração não é tão simples. “Fazer valoração, seja de florestas ou de qualquer outro recurso, dentro um conceito e métodos para calcular valor de existência é uma abordagem que está crescendo muito, em particular aqui na Amazônia. Não existe o método perfeito, geralmente a gente tem que escolher o mais apropriado dentro daquilo está se tentando investigar”.